O pé-direito alto tem sido bastante usado em edifícios residenciais, especialmente para imóveis de alto padrão localizados em regiões nobres, não apenas em função de uma melhoria estética, mas também por motivos de sustentabilidade. O pé-direito alto refere-se à distância entre o piso e o teto, que varia de 2,8 a 4,5 metros. Acima disso, ele é considerado duplo.
“O primeiro impacto do pé-direito alto é a sensação de maior amplitude do ambiente. Com o uso deste artifício, possibilita-se o uso de panos de vidro maiores, tornando os cômodos mais iluminados e arejados. Isso garante mais conforto e uma significativa economia de energia, principalmente nos gastos com iluminação e climatização dos espaços. Outra vantagem é a elevação do nível final de cada andar em relação ao nível da rua, uma que vez que cada laje está acima do padrão médio de pé-direito”, pondera a arquiteta Juliana Coimbra.
A sinergia entre pé-direito alto, clima e posição da edificação em relação ao sol é imprescindível para garantir conforto térmico. “O pé-direito alto possibilita a abertura de maiores vãos, mas se estes forem posicionados em face errada causam o efeito inverso, especialmente quanto à insolação. Nas faces não ensolaradas, recomendam-se menos aberturas e um maior preenchimento com vedação”, explica Juliana.
Apesar de um custo maior para construção, entre 15% e 20% a mais do que o uso de pé-direito convencional, o diretor da Swell Construções e Incorporações, Leonardo Pissetti, afirma que os apartamentos com pé-direito alto têm velocidade de vendas superior aos tradicionais. “Nossos empreendimentos que apresentam este diferencial são entregues com todas as unidades comercializadas”, compara.
Como exemplo, ele cita o Manchester Residence, empreendimento de alto padrão com 18 apartamentos, no Cabral, que está com metade das unidades vendidas, ainda na planta. Os apartamentos tipo do edifício residencial tem pé-direito de três metros e as unidades garden, com jardim privativo, têm quatro metros. “Para ter uma noção da dimensão, a unidade com jardim tem solo que permite o plantio de árvores de grande porte”, comenta Pissetti.
Ambientes - A arquiteta Juliana Coimbra diz que, nos imóveis térreos, trabalha-se apenas com pé-direito alto. Em unidades duplex, também pode ser usado o pé-direito duplo. “O pé-direito duplo também é bastante usado em áreas sociais de ambientes residenciais ou em locais de atendimento em áreas comerciais, podendo combinar com espaços abertos ou fechados no pavimento superior, causando um impacto bastante positivo”, observa.
A utilização do pé-direito acima da medida convencional também deve levar em conta o tamanho dos ambientes. “O único cuidado que se deve ter no uso das medidas máximas do pé-direito alto é não aplicar todo o vão livre em ambientes muito pequenos, como banheiros e lavanderia, pois, dependendo do tamanho do ambiente em planta, pode causar um desconforto visual", alerta Juliana.
Decoração - O eco é um dos problemas apontados nos imóveis com pé-direito alto. Entretanto, a arquiteta lembra que isso acontece em qualquer ambiente vazio, que não esteja preenchido com materiais acústicos absorventes. “O emprego de elementos como madeira, tecidos em paredes ou cortinas, por exemplo, elimina o problema”, sugere Juliana.
Ela diz ainda que os itens que vão além da altura padrão dos móveis são bastante indicados para a decoração de imóveis com pé-direito alto, valorizando e reforçando a altura do ambiente. Eles compreendem: painéis de madeira, estantes altas vazadas, papeis de parede, paredes de pedra ou quaisquer outros revestimentos de destaque, iluminados de maneira correta. “O importante é buscar um equilíbrio no preenchimento da medida do piso ao teto”, aconselha.
Fonte: http://www.paranashop.com.br