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Atividades imobiliárias giram R$ 451,7 mi no CE

Foto: Miguel PortelaFoto: Miguel Portela

O setor do Ceará também apresentou expansão na geração de empregos e no número de empresas, em 2010.

Os últimos anos foram marcados por uma expressiva expansão no mercado imobiliário do País e do Ceará, influenciada por questões como melhoria da renda da população, juros menores e maior facilidade de acesso ao crédito imobiliário.

Na comparação com 2009, a receita dos serviços imobiliários cresceram 51,5% em 2010, segundo dados do IBGE.
O ano de 2010, especificamente, foi de grande importância para o setor local, que apresentou resultados positivos e um crescimento mais acelerado.
De acordo com a Pesquisa Anual de Serviços 2010, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a receita bruta da prestação de serviços na atividade imobiliária do Ceará, como compra, venda e aluguel de imóveis, girou em torno de R$ 451,7 milhões. O montante é 51,57% maior que o anotado no ano anterior e representa um crescimento muito maior que o observado entre 2008 e 2009 (14,39%).

"2010 realmente foi um dos melhores anos para o setor imobiliário devido a uma demanda reprimida muito grande e também a fortes incentivos do governo federal. Fatores como o programa Minha Casa, Minha Vida, juros menores, redução de impostos e segurança jurídica dos empreendimentos contribuíram para os resultados alcançados pelo setor. Foi um ano de grandes lançamentos imobiliários. Assim, os resultados da pesquisa do IBGE vieram constatar o que a gente já previa", destaca o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro.

Novas empresas

Com o mercado mais aquecido e promissor, mais gente resolveu investir no setor e o número de empresas de serviços imobiliários voltou a crescer no Estado. Em 2008, haviam 385 empresas do tipo no Ceará, número que caiu para 312 em 2009 e que voltou a crescer no ano seguinte, atingindo 395 empresas. O resultado representa um aumento de 26,6% entre 2009 e 2010.

"Essa redução no número de empresas ocorreu no início da crise econômica mundial, mas, com os incentivos do governo para a construção civil, o setor imobiliário retomou o crescimento. A grande arma do País para enfrentar a crise foi a construção civil e o setor deu a resposta, com a geração de empregos e o aquecimento do mercado interno. A construção civil é um setor que dá respostas de forma muito rápida", afirma Montenegro.
Conforme a pesquisa do IBGE, o mercado mais dinâmico resultou em mais empregos no setor imobiliário do Ceará, que encerrou o ano de 2010 com 3.160 pessoas ocupadas, o que representa uma expansão de 24,60% na comparação com o ano anterior. Os salários, retiradas e outras remunerações, por sua vez, registraram uma expansão de 44,41% entre 2009 e 2010, segundo o levantamento.

Brasil

No Brasil, a compra, venda e aluguel de imóveis próprios, com 16.683 empresas (59,4%), gerou R$ 13,7 bilhões de receita (68,8%). A maior parte das pessoas ocupadas esteve na atividade de intermediação, que empregava 84.149 pessoas (57,3%). A massa salarial distribuiu-se de maneira homogênea.
A compra, venda e aluguel de imóveis pagou R$ 1,1 bilhão (45,0%) em salários, retiradas e outras remunerações, enquanto a intermediação despendeu R$ 1,3 bilhão (55,0%). A maior produtividade e o maior salário médio também foram encontrados na atividade de compra, venda e aluguel de imóveis (respectivamente, R$ 169,6 mil e 2,6 salários mínimos). A intermediação na compra, venda e aluguel de imóveis apresentou a maior média de pessoas ocupadas por empresa, sete, enquanto a média do segmento foi cinco.

Perspectivas

Para este ano, o vice-presidente do Sinduscon-CE acredita que o setor imobiliário continuará crescendo, embora em um ritmo menor que o observado nos anos anteriores. "O mercado continua aquecido, mas os preços estão caminhando para a estabilidade. Vamos continuar crescendo, mas em um ritmo menor. O mercado está mais maduro e estamos atingindo um crescimento seguro, sustentável", diz.
André Montenegro destaca ainda que as perspectivas para os próximos anos são positivas, uma vez que o déficit habitacional do País ainda é alto. "Nossa demanda ainda é muito grande. Estima-se que a demanda reprimida do País é de 8 milhões de habitações. No Ceará, esse número é de 600 mil. E, em Fortaleza, existe uma demanda por 140 mil habitações. Desse modo, o setor imobiliário ainda tem entre 10 e 15 anos de crescimento. Ainda vamos vender muitos imóveis", conclui.

DHÁFINE MAZZA
REPÓRTER

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com

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